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Há muito utilizada em rituais indígenas brasileiros, a planta jurema preta , que contém um potente psicodélico, está ganhando espaço como um possível tratamento para a depressão .
Em barracas de rua onde ervas medicinais são vendidas, os clientes podem comprar a raiz da planta, que contém dimetiltriptamina (DMT), uma substância alucinógena que, segundo pesquisadores, pode ser usada para aliviar os sintomas.
Seguindo instruções que encontrou na internet, Guaracy Carvajal extraiu DMT em casa em 2016, de raízes que comprou na rua.
O programador de software de 31 anos, que tentou vários tratamentos para depressão crônica da qual sofre desde a adolescência, disse que o medicamento faz com que “você sinta que resolveu algo na sua vida”.
O físico Draulio Araujo, que conduziu uma extensa pesquisa sobre o medicamento , disse que “a resposta é rápida. Um dia após o tratamento, (os pacientes) já apresentaram uma melhora significativa nos sintomas de depressão”.
Mas ele também alertou que “não é uma cura mágica” e que os psicodélicos “não são para todos”.
Como pesquisador do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Araujo e sua equipe trataram 14 pessoas com o medicamento durante seis meses.
Os pacientes inalaram DMT vaporizado, sob supervisão médica.
“É comum nossos pacientes dizerem que algo mudou, que uma chave abriu alguma coisa”, disse ele.
Seus pacientes também receberam terapia psicológica e alguns continuaram com medicamentos farmacêuticos convencionais.
A neurocientista Fernanda Palhano-Fontes, também do Instituto do Cérebro, disse que “temos pacientes que melhoram significativamente, outros que não melhoram nada”.
As descobertas de Araujo foram publicadas na revista científica Nature em abril. Em 2024, ele publicou outro estudo com resultados promissores na revista Psychedelic Medicine .
Já Carvajal, que parou de usar a jurema preta há algum tempo, disse que a droga realmente permite que a pessoa “comece a ter uma vida mais leve”.
Isso o ajudou a superar um momento em que ele estava “em um estado de questionamento” sobre “o trabalho, a vida cotidiana”, disse ele.
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Fonte: Science Alert – Foto: Juliana S. Silva/CC BY-NC 4.0